O que são fundos de papéis e fundos de tijolo? Descubra a diferença entre os 2!

Fundos Imobiliarios
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O que são fundos de papéis e fundos de tijolo? Descubra a diferença entre os 2!

Entenda como funcionam os tipos de Fundos Imobiliários mais comuns(fundos de papéis e fundos de tijolos) do mercado

Fundos de tijolo e fundos de papel são classificações de fundos no mercado de investimentos imobiliário.

Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) estão cada vez mais populares no mercado.

Procurados principalmente por investidores iniciantes, que muitas vezes buscam opções menos arriscadas de investimentos. – Entenda mais sobre fundos imobiliários AQUI.

Mas uma dúvida sempre surge quando tratamos de FIIs: qual tipo de fundo investir?

Existem diversas classificações de FIIs: fundos de papel, fundos de tijolo, fundos híbridos e fundos de fundos. Cada uma dessas classificações possui suas vantagens e desvantagens, sendo as de fundos de papel e fundos de tijolo as mais comuns e famosas no mercado.

Pensando nisso, vamos detalhar pra você o funcionamento dos Fundos de Papéis e Fundos de Tijolo para que você possa pensar em qual se encaixa melhor, de acordo com os seus objetivos.

Fundos de Papel

Os fundos de papel são investimentos em títulos de recebíveis do mercado imobiliário, ou seja, funcionam como empréstimos para o financiamento da construção ou compra de imóveis.

Os rendimentos desse fundo provêm dos juros desses empréstimos, já que é baseado em títulos de renda fixa como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LHs (Letras Hipotecárias).

Basicamente você empresta dinheiro ao banco ou à securitizadora (empresa que concede empréstimos a determinado setor) para que eles emitam os títulos que permita a empresa ou pessoa que deseja comprar ou construir um imóvel. Quando o devedor paga a parcela do título o banco/securitizadora devolve o valor com juros.

Os fundos de papéis permitem que investidores individuais com menor capital possam participar desse mercado, já que investir diretamente em um CRI demanda um alto valor inicial.

Um fundo pode investir em apenas um título ou em vários títulos de diferentes naturezas.

Apesar do vencimento, você pode negociar sua cota no fundo a qualquer momento. Geralmente, o valor dos rendimentos flutua próximo ao CDI, sendo muito menos volátil, mas também representando rendimentos mais baixos.

Entre as vantagens do fundo de papel estão:

  • Alta possibilidade de diversificação
  • Baixo risco por estar atrelada à renda variável
  • Possuí FGC (Fundo Garantidor de Crédito)
  • Boa liquidez diária

Sempre existem riscos, no caso de recebíveis é possível o não pagamento por parte do devedor, a proximidade a um indexador como o CDI pode significar baixos rendimentos no momento atual e não há muita variação de lucro devido à valorização patrimonial.

Fundos de Tijolo

Os fundos de tijolo, ou de renda, são os que investem em imóveis reais, ganhando uma renda mensal passiva através da locação desses imóveis. Os aluguéis são convertidos em dividendos para os cotistas.

Uma carteira pode ter apenas um imóvel ou vários, e existem diversos segmentos de investimentos:

  • Shopping Centers;
  • Hotéis;
  • Hospitais;
  • Lajes corporativas;
  • Galpões Logísticos;
  • Residenciais;
  • Híbridos

Esses fundos são considerados de renda variável pois os imóveis podem ser valorizados ou desvalorizados a qualquer momento, por diversas razões.

Para exemplificar esse tipo de investimento, podemos citar um shopping center. Em um fundo de tijolo, vários cotistas poderão aplicar e juntos se tornarem “donos” daquele Shopping, recebendo os aluguéis dos lojistas.

No entanto, no cenário da pandemia muitos estabelecimentos fecharam, o que diminuiu os aluguéis recolhidos pelo fundo e consequentemente a renda dos cotistas.

Então, podemos dizer que esse tipo de fundo possui um risco mais alto devido à possibilidade de inadimplência e de vacância, além de outros riscos atrelados ao segmento escolhido.

Entre as vantagens de aplicar em um fundo de tijolo, podemos citar o fato de estar ligado à economia real, a chance de a valorização de imóveis ser alta com o ganho de valor patrimonial e os rendimentos são protegidos da inflação, já que os aluguéis sempre são reajustados.

Além disso, investir em um imóvel diretamente é muito mais arriscado e demanda um investimento muito alto, conta com baixa liquidez e sempre existe a preocupação com inquilinos e restaurações que possam ser necessárias. Os fundos de tijolos minimizam esses revezes trazendo alta rentabilidade.

Como escolher qual investir?

Primeiro descubra seu perfil de investidor. Depois, pense nos seus objetivos e tempo que você deseja manter o investimento.

Todos os FIIs tem isenção de imposto de renda, mas os fundos de papel tendem a ser mais seguros com menos rendimentos, enquanto os de tijolo podem ser mais rentáveis, porém mais voláteis também.

Na pandemia, vimos uma desvalorização média de 10,53% dos fundos imobiliários de janeiro a julho de 2020.

Os que mais sofreram foram os fundos de tijolo dos segmentos de shoppings e hotéis e os menos afetados foram os residenciais e os galpões de logística.

Os fundos de papéis sofreram quedas também.

O que são Fundos Imobiliários, fundos de papéis?
Fundos de papéis

Esses resultados podem significar possíveis renegociações de contratos ligados aos fundos e menores faturamentos.

Esse cenário pode ser uma oportunidade no sentido de haver a chance de comprar cotas por valores mais baixos que logo podem ser valorizadas, ou um risco dependendo do segmento – no caso de lajes corporativas, vemos uma queda no aluguel de imóveis corporativos e uma tendência de crescimento do home office, por exemplo.

Em ambos os casos é necessário analisar o fundo ao qual você quer aplicar cuidadosamente, e acompanhar periodicamente as notícias relacionadas ao setor imobiliário.

Qual desses tipos de Fundos Imobiliários você acha que é melhor?

Conta pra gente!